
17 de maio | Dia Internacional da luta contra à LGBTQIA+fobia
Hoje é o Dia Internacional da Luta Contra à LGBTQIA+fobia. Esta data foi escolhida porque, em 17 de maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) excluiu a homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), que categorizava como um distúrbio da mente e não como um traço da personalidade.
A sigla LGBTQIA+ representa um movimento político-social de inclusão de pessoas de diversas identidades de gênero e orientações sexuais. Algumas dessas letras são desconhecidas de muita gente, mas ela visam abrigar pessoas transgênero, queer, intersexo, assexuais.
L para Lésbicas – mulheres que sentem atração por afetivo/sexual por pessoas do mesmo gênero; G para Gays – homens que sentem atração por afetivo/sexual por pessoas do mesmo gênero; B para Bissexuais – homens e mulheres sentem atração por afetivo/sexual pelos gêneros masculino e feminino. As pessoas que sentem atração afetiva/sexual por todos os gêneros se identificam como pansexuais; T para Transexuais ou Transgêneros – pessoas que se identificam com outro gênero que não aquele atribuído no nascimento, inclusive dentro do espectro não-binário. Trata-se de um conceito relacionado à identidade de gênero e não à orientação sexual/afetiva; Q para Queer – pessoas que se autoidentificam como gênero queer transitam entre os gêneros feminino e masculino ou em outro(s) gêneros(s) no(s) qual(is) o binarismo não se aplica. O termo faz referência à teoria queer, que afirma que orientação sexual e identidade de gênero são o resultado de uma construção social e não de uma funcionalidade biológica; I para Intersexo – pessoas cujo desenvolvimento sexual corporal (expressado em hormônios, genitais, cromossomos, e/ou outras características biológicas) não se encaixa na norma binária; A para Assexual – pessoas que não sentem atração afetiva e/ou sexual por outras pessoas, independente do gênero; + abriga todas as diversas possibilidades de orientação sexual e/ou de identidade de gênero que existam.
Na última semana, a comunidade LGBTQIA+ obteve mais uma conquista. O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucionais dispositivos de normas do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que excluíam do rol de habilitados para doação de sangue os “homens que tiveram relações sexuais com outros homens e/ou as parceiras sexuais destes nos 12 meses antecedentes. Vale salientar que desde 2019 o STF determinou que a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero passe a ser considerada um crime. Em 2019, foi registrado no Brasil que a cada 23 horas morre uma pessoa LGBTQIA+.
O SINASEFE-IFBA jamais se furtou ao debate e no enfrentamento das opressões sociais e nesse dia reafirma que não se calará diante desta barbárie. Por isso, declaramos o nosso profundo orgulho LGBTQIA+ e lutaremos por suas vidas, por sua segurança e sua felicidade. Como diz Caetano Veloso e Milton Nascimento na canção Paula e Bebeto:
“Qualquer maneira de amor vale a pena
Qualquer maneira de amor vale amar”
Arte: Thais Mota