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19 de agosto | Dia do Orgulho Lésbico

ago 19 2020
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Olhando para os espaços em que você transita, quantas mulheres lésbicas você encontra? Mas, quantas delas assumem abertamente que são lésbicas? Quantas mulheres lésbicas você já leu? Quantas são referências na nossa sociedade? Encontro poucas, mas potentes!

A (R)existência de mulheres lésbicas, infelizmente está associada ao medo de se auto afirmar como tal. A perseguição, os ataques, o preconceito são elementos sempre presentes nas suas vidas.  Dentro da própria casa, no trabalho, na escola, na rua em que mora, em todos os espaços que ocupa. Por essa razão, os dias 19 e 29 de agosto são tão representativos tem para nós mulheres lésbicas. São dias representativos para compreendermos os marcos históricos da luta de lésbicas contra a violência aos seus corpos, o apagamento de contribuições, e a negativa de direitos, respeito e visibilidade.

As manifestações e ocupação do Ferro’s Bar, em São Paulo, ocorridas em 19 de agosto de 1983, em resposta aos ataques lesbofóbicos; assim como a realização do Primeiro Seminário Nacional de Lésbicas, o SENALE, em 29 de Agosto de 1996, no Rio de Janeiro, são a evidência do quanto movimentos sociais e atividades acadêmicas devem caminhar juntas e erguer nossas pautas. Os referidos dias representam, respectivamente, os dias das lutas pelo Orgulho Lésbico e pela Visibilidade Lésbica.

Orgulho Lésbico é enfrentar uma sociedade que, cotidianamente, insiste em nos excluir ou mascarar nossa sexualidade baseada nessa normativa heterossexista e androcêntrica, assumindo práticas de estupros corretivos, de agressões físicas e verbais e até de assassinatos motivados pela orientação sexualidade de mulheres. Lutar por visibilidade é apresentar a essa sociedade que a identidade lésbica não se dissocia de nossos posicionamentos políticos, de nossas carreiras, de nossas relações interpessoais, uma vez que o pessoal também é político.

Que as marcas das lutas expressas nas datas de Agosto sirvam sempre para nos lembrar que nossos corpos importam e que o afeto entre mulheres é revolucionário!

Como nos diz Raíssa Alves, Bárbara Alvez e Dhan Ferreira em (R)esistência e Invisibilidade Lésbica: entre conceitos panoramas e percursos, de 2019, “Escrever sobre nós é desvelar nossa existência e nos retirar de uma invisibilidade histórica. É preciso nos colocar em primeira pessoa para que sejamos ouvidas. E HAJA VOZ”.

Um viva à Audre Lord, à Lelia Gonzales, à Rosely Roth, à Monique Wittig, à Marielle Franco. Um viva a cada sapatão presente na nossa Instituição, que resiste e luta bravamente pelo direito de existir.

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