
7 de setembro | Independência do serviço público ou morte da democracia
Hoje, 7 de setembro, dia em que deveríamos celebrar a Independência do Brasil.
Que o patriotismo pregado pelo Governo Bolsonaro não representa os interesses e necessidades da população brasileira e sim de uma classe média branca, sulista e fascista não é nenhuma novidade. Infelizmente, a herança portuguesa ainda é muito presente e o país caiu mais uma vez no conto do vigário ou vigarista, como queiram chamar.
Em tempos de pandemia, em que todas vulnerabilidades estão cada dia mais latentes, o presidente Jair Bolsonaro ignora sua responsabilidade no enfrentamento de uma das maiores crises da saúde pública mundial e os números alarmantes de mortos pelo covid-19 para atacar toda a classe trabalhadora e fortalecer a precarização do trabalho dentro e fora do funcionalismo público. Quando se fala em educação, direito concedido apenas as/aos beneficiadas(os) com o esquema da rachadinha, o Ensino a Distancia (EAD) e suas diferentes e degeneradas versões em diferentes denominações aparecem como uma excelente oportunidade para o poder vigente de impor uma agenda de precarização e redução de qualidade que certamente compete para a modificação da rede federal de educação com fins de privatização. Seguindo no mesmo passo, nesta dança horrenda, a reforma administrativa proposta por Bolsonaro tem como fundo o estabelecimento de um novo tipo de estado onde a premissa não é o bem estar social mas sim a manutenção dos padrões neoliberais que tem como fim o lucro de poucos ao invés da cidadania de milhões.
A reforma administrativa do governo Bolsonaro acabará com a estabilidade do(a) servidor(a) público(a), que é exatamente o principal elemento para garantir uma gestão pública movida por interesses públicos, com impessoalidade e independência.
Retirar a autonomia do(a) servidor(a) público(a) é colocá-lo de joelhos diante de interesses privados de superiores ou de governos A ou B, quando, na verdade, como trabalhadoras(es) do Estado Brasileiro nós devemos servir somente aos interesses do conjunto do povo brasileiro.
Nós do SINASEFE-IFBA, não iremos nos submeter e lutaremos pela defesa do serviço público como garantidor de direitos para o povo, afinal, sem o serviço público para viabilizar a efetivação dos direitos da população, o que está escrito na lei será letra morta.