
Assembleia analisa a intervenção militar no Rio de Janeiro
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A intervenção militar no Rio de Janeiro e seus possíveis desdobramentos foram destaques na assembleia geral da última sexta-feira (16), realizada na sede do SINASFE-IFBA. Na pauta, também entraram o Dia Nacional de Mobilização/Paralisação, que aconteceu em todo o Brasil ontem (19), e o 1º Encontro Nacional de Mulheres do SINASEFE, que acontecerá entre os dias 23 e 25 de março, em Brasília. Para lutar contra a Reforma da Previdência em Salvador, a categoria aprovou a participação do Sindicato na mobilização realizada no Campo da Pólvora.
“Todos(as) nós estamos surpresos(as), tentando interpretar o que há por trás do decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro. Depois do golpe no impeachment de Dilma, das ações seletivas do Judiciário, das atuações extremamente agressivas de repressão às passeatas e às ocupações, o Governo vem com mais este ataque aos direitos humanos das populações mais pobres. Esse conjunto de ataques sinaliza o aprofundamento da desconstrução do Estado Democrático de Direito, da Constituição de 1988. Se antes a polícia já entrava nas favelas com licença para matar, um decreto como esse dará anuência para fazerem ainda pior”, analisa o coordenador de Assuntos Jurídicos do SINASEFE-IFBA, Luís Antônio Costa. Ele alerta que, através do discurso de ordem, todos(as) poderão ser atingidos(as) pelas repressões, já que a iniciativa de intervenção militar poderá ser ampliada para outros estados e durar mais que o anunciado.
Costa ressalta que o(a) cidadão/cidadã passa a estar na linha de tiro, tanto em passeatas como em qualquer outro tipo de ação sindical ou política. “Precisamos acompanhar a fundo todo esse processo, pois o cenário é muito preocupante”, completa o coordenador.
O professor de Física do Campus Salvador, Ronaldo Naziazeno, diz que a intervenção é “mais um prego na ferradura” que o Governo Temer coloca na população. “Precisamos mobilizar todas as nossas bases contra o avanço do fascismo. O nosso patamar de mobilização está deveras aquém do necessário e precisamos acordar, ir para as ruas e traçar estratégias de enfrentamento a todos esses ataques e ao avanço da extrema direita”, aponta Naziazeno.
Além do debate sobre a intervenção militar, houve votação para eleger o(a) delegado(a) de base que representará a Seção IFBA na 153ª Plenária Nacional do SINASEFE, marcada para os dias 23, 24 e 25 de fevereiro, em Brasília. O professor do Campus Salvador Reinaldo Martins foi o escolhido pelos(as) presentes. Já o coordenador da Regional 3 do SINASEFE-IFBA, Matheus Santana, irá como representante da Direção. Os(as) servidores(as) decidiram que os delegados deverão levar para a 153ª Plena a necessidade da criação, por parte dos(as) trabalhadores(as) em Educação, de uma frente antifascista e de uma moção sobre a intervenção militar no Rio de Janeiro.
Outro ponto ressaltado pela categoria na assembleia foi o desejo de repensar o Conselho de Representantes (CR), para que as atividades nos campi sejam mais recorrentes e assertivas.