O ano de 2016 no Brasil tem sido um dos piores para a classe trabalhadora, em especial aos/às profissionais da educação pública federal. Se em uma perspectiva nacional estamos sendo bombardeado(a)s por ataques e retrocessos em direitos duramente conquistados, no ambiente local sofremos os desmandos de uma gestão autoritária e cruel em seu agir com o(a) outro(a).
Durante toda a sua gestão, a atual Reitoria do IFBA nega os estatutos estabelecidos, passa por cima de relações historicamente construídas, outorga normas incompreensíveis, atropela a frágil democracia interna, além de expressamente demostrar práticas antissindicais, uma vez que não conversa, não transige. Agindo como um déspota d ‘esclarecido.
O último ato, o corte de salários de alguns/algumas servidore(a)s de Ilhéus, Valença, Juazeiro e Euclides da Cunha e, possivelmente em outros campi, ÀS VÉSPERAS DO NATAL, demarca a ultrapassagem de um limite fundamental nas relações de trabalho, pois implica em ameaça à dignidade da pessoa. É injustificável o corte de ponto por perseguição política, particularmente no que diz respeito a algo que contraria toda comunidade do IFBA, ao menos em sua grande maioria, que é a imposição de normas não negociadas, antipedagógicas e antidemocráticas. Um planejamento institucional baseado em violência da cultura política estabelecida só pode incidir e desenvolver um ambiente de trabalho tenso, angustiante, sufocante.
É sabido por todo(a)s que a Justiça em nosso país tende ao conservadorismo, particularmente em nosso tempo, em que o poder Executivo e o Judiciário se aproximam, de forma promíscua, como afirmam muito(a)s. São pouco os momentos em que a Justiça tende para direitos coletivos ante outras instituições públicas. No caso de nossa batalha judicial, a alusão ao poder discricionário do reitor tem sido constantemente utilizado como justificativa plausível para os seus desmandos.
Para além da batalha desigual, necessária e incansável na Justiça, fica a luta política. É importante realçar que estamos combatendo diverso(a)s adversário(a)s ao mesmo tempo. O Governo Federal avança em leis que quebram direitos e aumenta a exploração da classe trabalhadora. A gestão Renato cria um ambiente insuportável de trabalho, o que se expande para a vida, pois, chegando às comemorações de final de ano, nas quais as necessidades financeiras vão além dos gastos rotineiros, o(a) trabalhador(a) recebe o contracheque com o salário líquido zerado ou negativo, simplesmente pelos caprichos de uma gestão desmedida. É catastrófico, os danos psicológicos são imprevisíveis e a apreensão na família é brutal.
Dessa forma, a Diretoria do SINASEFE-IFBA, através da Gestão Avançar na Luta e na Unidade, vem a público declarar apoio aos/às colegas de Ilhéus, Juazeiro, Euclides da Cunha, Valença e de outros campi que tiveram seus salários cortados. Nos solidarizamos com suas dores e lutas e afirmamos nosso comprometimento na defesa dos nossos direitos, ao tempo em que nos comprometemos com as batalhas que se seguirão e que visarão a garantia da percepção dos proventos aos servidores e servidoras do IFBA.
Bom Natal, boas festas e um Ano Novo de muita luta e resistência às injustiças, arbitrariedades e perdas de direitos!
