
Comunidade acadêmica repudia portaria sobre volta às aulas presenciais e o MEC indica que vai revogar
O Ministério da Educação (MEC) recua e indica que revogará portaria nº 1.030, divulgada no Diário Oficial da União, na manhã de anteontem (2/12), que determinava o retorno das atividades presenciais nas universidades e instituições federais de ensino a partir de 4 janeiro de 2021.
A medida teve uma repercussão negativa entre a comunidade acadêmica, que recebeu a informação com surpresa e rebateu como comunicados e, em alguns caso, antecipando ao Ministério que a portaria não seria acatada. Além disso, a União Nacional do Estudante (UNE) também publicou em seu perfil no Instagram uma nota conjunta com a União Nacional dos Estudantes (Ubes) e a Associação dos Pós-Graduandos (ANPG) se manifestando contra a determinação.
A volta às aulas presenciais colocará em circulação mais de 2,3 milhões de pessoas, entre alunas(os), professoras(es) e técnicas(os), segundo dados do próprio MEC. Atualmente, todas as 69 universidades e 41 institutos federais de ensino estão com aulas remotas, segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Em entrevista à CNN Brasil, o ministro da educação, Milton Ribeiro, afirmou que será realizada uma consulta pública com o setor acadêmico antes de novas decisões serem publicadas.
Para nós do SINASEFE-IFBA, que seguimos respeitando o distanciamento social e mantendo as nossas atividades através do trabalho remoto, não existe um panorama considerável para retorno das aulas presenciais neste momento. Precisamos assegurar as/aos alunas(os), professoras(es), técnicas(os) e as/aos suas/seus familiares que situações de exposição ao vírus sejam reduzidas e evitar que uma nova onda de contágio seja estabelecida.