Estudantes e servidore(a)s do IFBA cobram a implantação de um circular para a região do Barbalho
A implantação de uma linha de ônibus circular que transporte o(a)s estudantes do Barbalho para o Aquidabã, a Sete Portas e o Comércio é uma demanda antiga do(a)s aluno(a)s e servidore(a)s do IFBA. Isso porque ele(a)s sofrem com os assaltos e roubos, quando precisam se deslocar da instituição para algum lugar onde o acesso ao transporte público é melhor para as várias partes da cidade. Essa realidade é compartilhada por diversos campi do Instituto, que sofrem com a latente falta de segurança e transporte.
“A insegurança no entorno do instituto é uma preocupação constante da comunidade interna. No Barbalho, não existem linhas de ônibus para todas as regiões da cidade e o(a)s estudantes e servidore(a)s precisam se deslocar através das ladeiras do Arco, do Funil e da Água Brusca, para chegar no IFBA e fazer o caminho inverso para retornar às suas casa no fim do dia. São esses percursos onde ocorrem o maior número de casos de assalto, roubo e violências, particularmente no turno noturno, que termina às 22h”, afirma a professora de Física do Campus Salvador Luzia Mota. Segundo a docente, a ativação de uma linha de ônibus circular é fundamental para atender aos/às estudantes e servidore(a)s que necessitam do serviço e ela cita a solução encontrada pela UFBA, que há alguns anos instalou, com sucesso, o BUZUFBA.
Em 19 de agosto deste ano, por conta da iniciativa do SINASEFE-IFBA e do Movimento Estudantil, a Diretoria do Campus agendou uma reunião na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, órgão responsável pelo gerenciamento do transporte urbano em Salvador. De acordo com os presentes no encontro, a Prefeitura se mostrou, inicialmente, sensível à reivindicação do(a)s estudantes e servidore(a)s do IFBA e solicitou que a instituição encaminhasse um documento com a exposição de motivos e a demanda real. Como metodologia, foi sugerido pela representação sindical que a Diretoria do Campus organizasse uma reunião com todas as instituições de ensino que ficam no entorno do IFBA e que sofrem dos mesmos problemas para que fosse construído um documento único, assinado por todos, e enviado à Secretaria de Mobilidade Urbana. Os representantes da Prefeitura concordaram que esta ação reforçaria a reivindicação junto à gestão municipal.
“Na oportunidade, visitamos o centro de controle do transporte público e ficamos sabendo que foi oferecido ao IFBA, através de ofício à Reitoria, um serviço gratuito que apresenta a rota e horários dos ônibus que chegam e saem do Barbalho. O Diretor, professor Albertino, se comprometeu a procurar a Reitoria e solicitar a implantação deste serviço no Campus Salvador. O serviço, que precisará apenas de um computador e uma televisão, gerará conforto e mais segurança a todo(a)s da comunidade que precisam usar o serviço de transporte público. Porém, até o momento, não temos uma informação segura de como esse processo está sendo conduzido”, conta a professora de Desenho Estela Smolka.
Passados quase dois meses sem uma resposta oficial houve, a representação sindical e o movimento estudantil entregaram uma cobrança formal à Diretoria do Campus para que a mesma adotasse as providências necessárias para a realização da reunião com as instituições do entorno. No dia 14 de outubro, a Diretoria enviou uma resposta onde considerava a possibilidade de agendar a reunião para depois do feriado do Dia do Professor, o que ainda não ocorreu.
“Somos todos conscientes da dificuldade de administrar um Campus como o nosso, mas consideramos que existem ações da gestão que não podem ser deixadas para depois. Nós, do movimento sindical e estudantil, que provocamos esta ação de importância capital para a nossa comunidade, estamos nos colocando à disposição para colaborar com a construção deste processo. Durante a greve deste ano, estivemos reunidos (servidores e estudantes) em várias oportunidades e destacamos problemas cujas soluções são urgentes. Realizar esforços para propiciar maior segurança e conforto para a nossa comunidade é mais do que uma necessidade, é uma obrigação da comunidade e da gestão que possui os meios para efetivar esta realidade”, analisa o professor e chefe do Departamento de Sociologia, Filosofia e Educação, Sinval Araújo.