Guincho – estacionamento do Campus SSA 090217 (1)

Falta de estacionamento no IFBA Salvador tem prejudicado centenas de servidores(as) e alunos(as)

fev 17 2017
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Não é mais novidade ver guinchos e agentes da Transalvador rebocando e multando os veículos estacionados nas proximidades do IFBA Salvador, situado no Barbalho. Segundo o órgão, somente nos dois primeiros meses deste ano, foram feitas 22 notificações na Rua Emídio dos Santos (que fica em frente ao Instituto) e outras 52 na Rua Professor Viegas (localizada na lateral da entidade), a maioria por estacionamento irregular.

De acordo com a docente do Departamento de Sociologia, Psicologia e Pedagogia do Campus Salvador, Moema Soares, os três estacionamentos da unidade do Barbalho há muito tempo não atendem à demanda existente. “A situação se agravou bastante com a interdição de um dos estacionamentos, em virtude da construção do ginásio, e com a implantação do ponto eletrônico para TAE e docentes, pois aqueles(as) que trabalham à noite necessitam chegar à instituição antes que seus/suas colegas do turno da manhã tenham cumprido sua carga horária diária. Diante disso, temos reclamado e reagido com muita preocupação, pois, além do tempo de espera na fila do estacionamento ter aumentado muito, aqueles(as) que não conseguem estacionar no Campus ficam vulneráveis a roubos e a outros tipos de violência ao sair da instituição, após às 22h, portando equipamentos/materiais utilizados para ministrar aula”, relata a professora.

Ela conta que alguns/algumas colegas foram multados(as) e tiveram os carros guinchados na semana passada porque o número de vagas nos estacionamentos em funcionamento é muito pequeno, se considerada a quantidade de servidores(as) e alunos(as) com veículos, e o entorno do campus também não oferece alternativas para o problema. “Tenho aguardado cerca de uma hora, diariamente, para ter acesso ao estacionamento, o que me deixa desconfortável e insegura, já que permaneço uma hora dentro do carro, suportando um calor de mais de 30 graus, em situação de vulnerabilidade para risco de assalto e de acidente de trânsito, pois não é raro a fila para o segundo estacionamento ter início na Rua Emídio dos Santos, que possui tráfico intenso de veículos, inclusive ônibus”, acrescenta Moema. Na avaliação dela, este não é um problema de fácil solução, mas a gestão do IFBA necessita buscar alternativas, pois “os(as) servidores(as) não podem continuar se expondo a situações de risco para realizar o seu trabalho”.

Questionada sobre a situação, a Transalvador respondeu que as recorrentes ações de fiscalização na região do Barbalho provêm de denúncias dos(as) moradores(as) da região, especialmente por estacionamento sobre calçada. “A calçada é via de tráfego exclusiva para pedestres, não podendo ser obstruída já que gera risco à segurança das pessoas, que são obrigadas a transitar na via dos carros. A ausência de local regulamentado para estacionamento não é argumento cabível nem dá direito ao condutor de estacionar em local proibido. Vale ressaltar que o dever de proporcionar estacionamento é da instituição geradora do fluxo de veículos, devendo esta arcar com as reponsabilidades pelos impactos negativos que causa ao trânsito, sob pena de ser notificada por autoridades municipais”, afirma o órgão.

O coordenador geral do SINASEFE-IFBA, Ronaldo Naziazeno, que inclusive teve o seu veículo multado recentemente em frente ao instituto enquanto trabalhava, diz que a situação está insustentável e que o IFBA precisa, ao invés de guardar vagas para alguns/algumas servidores(as) e fingir que o problema não existe, resolver da forma mais rápida possível, “para que a segurança dos(as) trabalhadores(as) e alunos(as) do instituto seja assegurada e eles(as) possam exercer suas funções sem o receio de ter que ir buscar seus carros no pátio da Transalvador e ainda pagar uma multa exorbitante”. Ele ressalta que é inadmissível que haja privilégios no controle das vagas internas. “Todos os membros da Direção do campus têm estacionamento cativo, vagas exclusivas, sendo que vários(as) desses(as) servidores(as) especiais sequer batem ponto eletrônico ou têm controle de frequência”, denuncia Naziazeno.

Notificação – Como acontece: os veículos são autuados, depois as notificações são emitidas e, então, é dado prazo legal para defesa do(a) condutor(a) de até três meses. Em caso de confirmação do auto lavrado, este é convertido em multa para pagamento.

 

Imagens: Reprodução

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