Mobilizados para conquistar melhores condições de trabalho e garantir que os direitos adquiridos não sejam usurpados, docentes e técnicos administrativos do IFBA se reuniram, na última sexta-feira (14), no campus de Valença para mais uma assembleia geral estadual. Diante da postura escorregadia e ditatorial do reitor, que insiste em mandar seus aliados perseguirem e assediarem os servidores, a assembleia decidiu:

Paralisar as atividades nos dias 26 e 27 de agosto para acompanhar o CONSUP;

Indicar a adesão à greve nacional, em caráter parcial, o que será avaliado em assembleias locais;

Será realizada uma assembleia estadual no dia 26 de agosto, às 9h, na Reitoria;

Será criado um grupo de trabalho de combate ao autoritarismo para articular, junto ao SINASEFE-IFBA (através da Coordenação de Combate à Opressão), as ações de resistência em todos os campi. Os servidores que se interessarem podem entrar em contato e solicitar a participação no grupo, sendo que cada campus terá, em média, um participante.

O professor de História do campus de Ilhéus Philipe Murilo relatou que está muito tensa a discussão em relação ao termo de compensação, pois não houve diálogo com o Sindicato. “O clima é de indignação, estranheza e insatisfação. Estamos tendo dificuldade em lidar com as coisas de forma democrática e, por tudo isso, faremos uma atividade no dia 19, o velório e o enterro da democracia no IFBA, que visa conscientizar os alunos que a nossa pauta continua viva, apesar do fim da greve”, descreve Murilo.

A professora de Língua Portuguesa Eliane Souza conta que o pós-greve está bastante difícil no campus de Eunápolis. “Estamos sendo ameaçados e perseguidos por uma gestão que não negocia nem no pós-greve. Estamos tendo muita dificuldade de chegar a um consenso em relação ao nosso calendário, por conta de alguns aspectos, como as nossas férias, que são um direito nosso. Nós estamos muito mobilizados e seguiremos na luta. Fizemos, na quinta-feira (13), uma reunião ampliada com a presença significativa de servidores e todos estão convictos de que é preciso, cada dia mais, nos fortalecermos para derrotarmos esse rei que impera sem limites no nosso Instituto”, avalia Eliane.

Enquanto acontecia a assembleia em Valença, diretores do SINASEFE-IFBA estavam reunidos, em Salvador, com o reitor em exercício Anilson Cerqueira para discutir o pós-greve. Esta reunião foi convocada pela Reitoria com menos de 24 horas de antecedência e “coincidentemente” foi marcada para o mesmo dia e horário da assembleia estadual.