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Reaproximação de Bolsonaro e Maia provoca adiamento do ENEM e demonstra possíveis manobras em eventual processo de impeachment
Anteontem (20), foi um dia de conquista para as(os) brasileiras(os) que cobraram do Senado e da Câmara das(os) Deputadas(os) pelo adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Em uma publicação oficial, o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) anunciou que ENEM deste ano será adiado por 30 a 60 dias e que as inscrições permanecerão com o prazo até hoje (22).
De acordo com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, será realizada uma consulta para a(o) aluna(o) responder se a prova seria mantida, adiada por 30 dias ou suspensa até o fim da pandemia.
O adiamento é fruto de uma reunião realizada na semana passada entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), articulada pelos ministros da ala militar. O Governo temia uma dupla derrota das Casas do Legislativo, em um momento político em que precisa das(os) parlamentares para evitar um eventual processo de impeachment. Vale a pena salientar que Rodrigo Maia é o responsável por autorizar este eventual processo de impeachment contra o presidente que tem se reaproximado.
Para nós do SINASEFE-IFBA, que temos atuado incansável na luta pelos direitos da classe trabalhadora, devemos permanecer atentas(os) às movimentações políticas do Governo Bolsonaro e as medidas que serão incorporadas ao ENEM em tempos de pandemia. Acreditamos que as(os) estudantes brasileiras(os) precisam de condições emocionais e estruturais para estudarem e realizarem o exame.
Arte: Thais Mota.