Obras

Servidore(a)s reclamam de condições de trabalho insalubres no IFBA

mar 23 2016
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Servidore(a)s da Reitoria do Instituto Federal da Bahia (IFBA) procuraram o SINASEFE-IFBA para denunciar os problemas causados por uma obra que está sendo realizada no local. Ele(a)s reclamam que, pelo fato de não haver um isolamento adequado, o ambiente fica muito empoeirado, provocando fortes dores de cabeça, de garganta, obstrução nasal e alergias, entre outras reações.

Com medo de serem perseguido(a)s, o(a)s trabalhadore(a)s pediram para não serem identificado(a)s, mas contam que chegaram no último dia 14 e se depararam com um grande buraco aberto em frente ao Protocolo e com operários trabalhando sem equipamentos de proteção, somente com luvas.

Em contato com o pró-reitor de Administração e Planejamento do IFBA, Paulo André Ferreira, o SINASEFE-IFBA foi informado que esta obra é para a construção de uma plataforma para portadore(a)s de necessidades especiais, que elevará a pessoa ao piso de cima. “O nosso prédio é antigo e precisa atender à questão da acessibilidade. Então, precisamos fazer intervenções tanto no prédio da Administração, quanto na parte lateral da Reitoria. Eu conversei com o pessoal da engenharia, que me garantiu que não vai ter mais poeira, pois já foi feito o buraco no piso e este já recebeu uma camada de concreto”, explica Ferreira.

Sobre o barulho causado por outra intervenção, desta vez próxima à piscina e que já passa de 15 dias, ele disse que essa obra é para a construção de um elevador, também por conta da acessibilidade, que levará o(a)s visitantes e servidore(a)s aos acessos superiores. “Nessa intervenção houve a necessidade de quebrar o piso e fomos surpreendidos com uma camada espessa de concreto. Então, foi necessário utilizar um equipamento mecânico para quebrar o piso, o que causou barulho. Esse trabalho já foi realizado e não haverá mais barulho excessivo. O que estamos fazendo é adaptar o prédio, uma obra de utilidade para atender ao público e aos/às servidore(a)s. A previsão é que as duas intervenções terminem em 90 dias”, acrescenta o pró-reitor.

Porto Seguro e Santo Amaro com problemas

O Campus Porto Seguro foi destaque na imprensa baiana por conta do acúmulo de entulho/lixo em suas dependências. O problema foi rapidamente resolvido, mas, segundo servidore(a)s, a unidade permanece infestada de mosquitos Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chicungunya. Além disso, devido à paralisação parcial do(a)s funcionário(a)s terceirizado(a)s, o campus está com os banheiros imundos e suspenso o fornecimento de água mineral nos setores.

Já em Santo Amaro, a situação é ainda mais séria. Vamos à história: A contaminação da cidade de Santo Amaro por chumbo é conhecida mundialmente. Ela se deve à atuação de uma fábrica francesa de chumbo, a PENARROYA Oxide AS, que deixou a cidade na década de 80, mas abandonou milhares de toneladas de escória no solo santamarense. Com a enchente de 1989, houve a contaminação de boa parte da cidade.

O que o(a)s servidore(a)s do IFBA questionam é por que não houve um estudo ou um cuidado com a instalação do campus do IFBA, que está localizado próximo à antiga fábrica. Diversas pesquisas já comprovaram a contaminação da água, do ar, do solo, das frutas, etc. Como implantam uma unidade educacional em uma área de grande contaminação? Diverso(a)s servidore(a)s quando chegam à unidade pedem remoção para outros campi.

Orientações

O SINASEFE-IFBA orienta o(a)s servidore(a)s que tiverem problemas de saúde por conta da exposição à condições insalubres no local de trabalho a procurarem um médico, a fim de que este profissional ateste a relação da enfermidade com as condições de higiene do ambiente profissional. Depois disso, se a gestão não tomar uma posição que beneficie o(a) trabalhador(a) e resolva o problema, deve-se procurar a Delegacia Regional do Trabalho (DRT), prestar queixa e solicitar uma fiscalização.

 

Imagem: Reprodução

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