

SINASEFE-IFBA apoia ocupação de professores(as) e alunos(as) do IF Baiano
Na última terça (17), o IF Baiano do Campus Salvador foi ocupado por diretores(as), professores(as) e alunos(as) dos campi de Senhor do Bonfim, Santa Inês, Alagoinhas, Teixeira de Freitas, Itapetinga, Catu, Governador Mangabeira e Uruçuca. Entre as pautas levantadas, estavam o cancelamento da reunião do CONSUP, prevista para o dia vigente, pelo reitor pro tempore Geovane Barbosa do Nascimento.
“Essa plenária é por conta da suspensão arbitrária da reunião CONSUP pelo reitor pro tempore Geovane Barbosa do Nascimento, responsável por indeferir a posse de alguns diretores de campus e do reitor eleito pelo instituto”, explica Lucas Andrade, Diretor do IF Baiano da seção Catu.
Segundo o Diretor do SINASEFE e Coordenador de Assuntos Jurídicos da seção IFBA, Luís Antônio Costa, o IF Baiano ter um reitor ilegítimo só é possível por conta do cenário geral da política brasileira presidida por Michel Temer, responsável pela escalada autoritária que vem sendo vivenciada no país. “Tudo isso põe em risco a democracia interna e o mecanismo de escolha dos(as) gestores(as) dos institutos”, pontua Luís.
Além disso, dois outros assuntos foram destacados nas reivindicações: o projeto de reestruturação e redimensionamento dos Institutos Federais na Bahia. Para Manuela Falcon Silveira, Diretora Geral do Campus Governador Mangabeira, o IF Baiano, IFBA e outros IFs no Brasil tem sofrido com a criação de agendas que não contam com a participação da comunidade. “Todas as medidas que estão sendo colocadas vem com um pacote pronto, uma agenda perversa em relação a nós, servidores de uma instituição pública de qualidade. Estamos lutando para que a rede não caia nessa condição de desqualificação, possível ataque e fechamento dos nossos campi”, diz Manuela.
Durante o ato, Matheus Santana, Coordenador da Regional 03 do SINASEFE-IFBA, fez uma reflexão pertinente sobre a reestruturação e redimensionamento dos IFs: “O que mais me intriga é que, por exemplo, o IFBA tinha um orçamento em torno de R$ 68 milhões e restos a pagar enormes. Não sabíamos como manteríamos a folha de pagamento deste ano. Agora, imagina só criando um novo instituto, uma nova reitoria e novos campi com toda estrutura necessária. É algo impensado e que não cabe nesse contexto de contingenciamento e mau uso dos recursos públicos”, reflete Matheus.