
SINASEFE-IFBA apoia servidores(as) e estudantes na luta contra a extinção do Campus Valença
Na última sexta-feira (15), docentes, técnico(a)-administrativos(as) e estudantes do IFBA Campus Valença (oriunda do antigo CEFET) foram surpreendidos com a materialização do plano de desmonte da unidade e a possível integração com o IF Baiano (oriunda da antiga EMARC).
A proposta, construída sem a participação da comunidade acadêmica, é resultado de uma reunião realizada em Brasília, no dia (15), pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC/MEC) com a diretora do IFBA, Alba Rogéria dos Santos Silva, e gestores do IF Baiano. Na manhã da terça-feira (19), representantes do SETEC/MEC foram aos campi para realizar uma avaliação, após solicitarem informações sobre espaço físico, quadro de funcionários, entre outras, e foram barrados(as) nas portarias dos institutos. O impedimento foi uma medida encontrada e acordada pelos(as) estudantes em assembleia.
De acordo com a professora de psicologia do Campus Valença, Ava Carvalho, a categoria tem cobrado um posicionamento do reitor do IFBA, Renato Anunciação, que não esteve presente na reunião com a SETEC/MEC. “Ele declarou que não sabe do que está acontecendo, que não foi informado e que é contrário à extinção, que enviará uma nota falando sobre o seu posicionamento e que não tem autonomia para decidir abertura ou fechamento de unidades dos institutos federais. A questão é que sabemos que em sua gestão ele aprovou a criação de duas unidades, que sequer passaram pela consulta do CONSUP”, conclui a professora.
Para a coordenadora geral do SINASEFE-IFBA, Rosangela de Barros Castro, que esteve presente no debate realizado com a comunidade, na segunda-feira (18), o campus tem uma história de resistência e de luta política e claramente incomoda o poder local por sua capacidade na mobilização de servidores(as), estudantes e de outras comunidades tradicionais.
“Podemos dizer que é um crime perfeito extinguir e pulverizar os servidores(as) do campus. Com esse panorama, as remoções e redistribuições serão inevitáveis por conta das dificuldades que surgirão na manutenção de toda infraestrutura com técnicos(as) e docentes na junção dos campi. Fatalmente essas pessoas terão suas vidas violentamente alteradas. O Campus Valença não é só um patrimônio dos(as) servidores(as) e estudantes que lá estão, ele é também uma patrimônio de toda comunidade do Baixo Sul”, pontua a coordenadora.
Foto: Antônio Copque
Participe do abaixo assinado pela NÃO UNIFICAÇÃO dos IFs.