

SINASEFE-IFBA promoveu profundo debate sobre papel do Instituto Federal da Bahia em seus 113 anos de conquistas e desafios
No dia 20/10, a Gestão Maria Felipa do SINASEFE-IFBA promoveu o evento Instituto Federal da Bahia: 113 anos de conquistas e desafios, no Auditório I do Bloco D do Campus Salvador do IFBA.
A atividade teve como finalidade discutir e refletir a importância da educação pública, gratuita e de qualidade para uma mudança social profunda do Brasil e o papel do Instituto, tem resistido todos esses anos aos ataques à Educação.
À convite da coordenadora geral da Seção Sindical, Marlene Socorro, compuseram a mesa a reitora do Instituto Federal da Bahia, a professora Luzia Mota; o diretor geral do Campus Salvador, Ives Lima; a deputada federal Alice Portugal (PC do B) e o deputado estadual Hilton Coelho a (PSOL), ex-estudantes do Instituto; a diretora do SINASEFE Nacional, Elenira Vilela; e do presidente da Associação Baiana Estudantil Secundarista (ABES), Victor Queirós.
Abrindo a mesa, a professora do IFSC, Elenira Vilela, falou sobre a trajetória de luta das(os) servidoras(es), da fake news de aumento salarial da categoria e da importância de eleger Lula para presidente, no segundo turno das eleições. Destacou que a criação dos IFs foi uma conquista do Governo do ex-presidente e do que representa para a história desse país um homem que não frequentou a universidade ser responsável pela formação de tantos jovens. Além disso, também falou sobre os riscos da PEC 32/2020. De acordo com a professora, um dos pontos perigosos dessa Proposta de Emenda Constituição, que eles chamam cinicamente de Reforma Administrativa, é o fim da estabilidade do(a) servidor(a) público(a). “A estabilidade é um direito do servidor público? Não. A Constituição de 1988 assegura a estabilidade por entender que esse é um direito da sociedade, já que o servidor público trabalha para o povo e não para o Governo. Ou seja, não é o Governo que determina o que o servidor vai fazer, é a necessidade do população e as leis aprovadas. Caso seja aprovada a PEC 32, passaremos a responder à um chefe, que será escolhido por cada Governo eleito. Deste modo, haverá demissões e novas contratações sem uma qualidade de trabalho”, explica Elenira.
Aclamado pelas(os) estudantes, por conta do seu trabalho no Campus Salvador, o diretor Ives Lima também deu suas contribuições. Na ocasião, o docente contou um pouco sobre a sua história de vida e de como o IFBA trouxe uma outra perspectiva em sua formação. Em seguida, foi a vez da reitora Luzia Mota, que agradeceu o convite do sindicato, saudou a mesa e plateia, destacou a importância da reeleição de Hilton Coelho e Alice Portugal e lembrou a importância dos parlamentares na luta pela sua posse em 2020, um ano depois de ter sido eleita. Além disso, também demonstrou solidariedade aos campi Eunápolis e Feira de Santana, que tem sofrido ataques por expressar posicionamentos contrários ao atual governo e reiterou que devemos escolher um caminho que defenda a democracia. “É um ato de resistência, é um ato de defesa do Instituto Federal da Bahia, da Rede Federal, das suas 42 instituições, dos seus quase 700 campi espalhados pelo Brasil. Quando eu estudei aqui, só existia essa instituição, a Escola Técnica do Barbalho, hoje nós temos Institutos no Brasil profundo. Hoje nós temos no sertão de Euclides da Cunha, onde jovens como vocês que estão aqui tem a mesma experiência. Isso é fundamental, isso capilariza a educação profissional”, afirma a reitora.
Após a fala da reitora, Victor Queirós comentou sobre a força do ato realizado no dia 18 de outubro e a importância do diálogo com as(os) estudantes dos campi do interior e do IFBaiano. Também destacou que essa eleição também deve garantir que Jerônimo Rodrigues, candidato à Governador (PT) seja eleito neste segundo turno. Alice Portugal e Hilton Coelho parabenizaram as reeleições, comentaram sobre as dificuldades enfrentadas nessa eleição por conta do orçamento secreto criado pelos partidos de extrema direita e contaram suas histórias dentro do movimento estudantil no Instituto Federal da Bahia, das políticas públicas do Governo Lula e seu refinamento e detalharam todas involuções pós golpe, com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
No encerramento do evento, teve distribuição de mingau, uma homenagem ao tempo em que a Escola Técnica era conhecida como a Escola do Mingau por distribuir o alimento para suas/seus alunas(os), e microfone aberto para protesto ao Governo Bolsonaro.
Fotos: Weslei Gomes/ASCOM SINASEFE-IFBA