Neste domingo (8/07) assistimos a mais um insólito episódio envolvendo a injusta e arbitrária condenação e prisão de Lula. O desembargador plantonista do TRF-4, Rogério Fraveto, ordenou a soltura imediata de Luiz Inácio Lula da Silva. Absurdamente a decisão não foi cumprida com interferência direta do juiz Sérgio Moro, gozando de férias em Portugal. Fraveto reafirmou sua decisão e exigiu que fosse cumprida. Logo depois, em uma clara manobra politicamente articulada e ilegal, o desembargador relator Gebran Neto manifestou-se contrário a soltura. Rogério Fraveto reafirmou, ao final da tarde, a sua ordem inicial, mais uma vez descumprida. Já no início da noite, o presidente do TRF-4, desembargador Thompson Flores, determinou que Lula continue preso, encerrando a batalha judicial, mas não a disputa por justiça.

Este episódio escancara o viés eminentemente político da condenação e prisão de Lula, sendo parte da escalada autoritária que caracteriza o Brasil nos últimos anos. O SINASEFE-IFBA manifesta-se contrária à manutenção da prisão de Lula e às manobras protelatórias da presidenta do STF, ministra Cármem Lúcia, que impede a discussão das ADC 43 3 44 que versam sobre a prisão em segunda instância no pleno do STF.

O SINASEFE-IFBA tem claro compromisso histórico com as lutas pelos direitos sociais e políticos do povo. Por isso reafirma categoricamente a defesa da liberdade imediata de Lula, bem como outras lutas de igual valor como a liberdade de Rafael Braga e pela apuração rigorosa do assassinato de Marielle Franco.